sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal em África

Segundo consta no calendário e pelo que dizem, parece que hoje é Natal.
Será? Não nos parece, lá fora estão 40 graus, por mais água que se beba continuamos com sede, não se ouve a música tão caracteristica da época festiva e para o repasto vamos fazer o bela da churrascada acompanhada de muita cervejola.
Mas sim, é Natal e este ano passado em terras de África.

Aqui tudo é diferente, até o belo do Bolo Rei que não vai muito de encontro ao meu sentimento, marcha, mais não seja pelo facto de "cheirar" à terra.
Mas numa coisa são iguais,nos últimos dias ir ás compras tem sido uma missão quase impossivel; trânsito infernal e maningue gente nos supermercados, mas a tudo devemos de acrescentar um calor dos infernos e um "cheirinho" tão caracteristico de "África,mãe África".

sábado, 19 de dezembro de 2009

Dia D

O dia 19 de Novembro era um dia como outro qualquer, mas para nós foi o inicio de uma nova vida.
A aventura começou logo na véspera quando pesamos as malas e nos apercebemos de que tínhamos excesso de peso em bagagem, melhor a módica quantia de 30kgs a mais…
Tínhamos várias opções: tirar aquilo que não precisávamos e com o qual conseguimos passar ou tirar algumas coisas para outra mala e enviar posteriormente.
Optamos pela segunda hipótese porque tudo é preciso e por mais que se escolha achamos sempre que nos faz falta (isto de mudar de país tem muito q se lhe diga!!!)
Depois de uma noite mal dormida, o dia do embarque chegou. O avião era só às 18h mas tínhamos de estar no aeroporto por volta das 14h30 para “despachar” o Lucky e o Patas.
Quem diria que dois cães encontrados na rua iriam ser tão “jet sete” e viajar de avião!
Com o check-in já feito na véspera, era só despachar as malas (afinal eram só 3 malitas ás quais já tínhamos tirado algum peso).
Tínhamos excesso de peso em bagagem e o valor a pagar dava para levar outra pessoa (até doeu!!!)

Bagagem despachada, chegou a parte mais difícil, e nós como bons Tugas que somos, tínhamos a família quase em peso no aeroporto (quem nos visse diria que éramos ciganos!)…Enfim!!

Lá entramos no avião, agora a preocupação era como iria correr a viagem ao piolho mais pequeno, mas para nossa surpresa parecia ele que já estava farto de andar de avião e portou-se como gente grande!
11horas depois lá chegamos a Maputo e chovia desalmadamente (foi para não estranharmos!).
Com a bagagem já no carro tínhamos de voltar mais tarde ao aeroporto, isto porque o veterinário ainda não tinha chegado. (Não esquecer que estamos em África….)
Lá nos fomos instalar, ver o nosso futuro poiso e mais tarde ir buscar os canitos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Contagem Decrescente




Cada vez estamos mais perto da data de partida.


É uma mistura de emoções, mas acima de tudo a vontade de começar e de querer que tudo corra bem.


Riscos existem, mas o que é a vida sem riscos?

domingo, 18 de outubro de 2009

Amigos


Os amigos nunca são para a ocasião, são para sempre.
A ideia utilitária da amizade, como entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo.
A amizade é puro prazer, uma lealdade absoluta que não custa.
Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se: dívidas
Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso.

Miguel Esteves Cardoso, in "O Independente"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Partida



Tudo na vida tem um começo, até a vida que já está a ser vivida tem começos que nos fazem mudar.

Fazendo uma perspectiva da minha vida é giro ver todos os começos/mudanças pelos quais já passei.

Mas este começo/mudança vai ser em grande, porque já esta a ser sonhado e idealizado há muitos anos, talvez de mais

sábado, 10 de outubro de 2009

Sonhos

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde.

Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'